Música, mercado e Covid19

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A música e o mercado musical foram severamente prejudicados pela pandemia do covid19. O que poderemos esperar?

No início de 2020 o mundo foi assolado por uma crise, até então inesperada. A pandemia da Covid-19 tomou rapidamente o planeta e pegou todos de surpresa. Tudo precisou ser fechado,  foi um lockdown severo e uma das classes que mais sofreu e sofre até hoje, é a classe artística.

Todos os eventos foram cancelados, bares, teatros e casas de shows foram fechados. Tudo para evitar aglomerações e tentar conter uma maior propagação do vírus.

Curiosamente, nesse momento, onde todos precisaram ficar em suas casas a arte, de um modo geral, foi uma válvula de escape para as pessoas. Seja um livro, um filme ou uma música, todos de alguma forma, consumiram mais arte. Infelizmente, não vi nenhum governo falar em algum programa para incentivo da classe.

Os artistas renomados, tem fama e condições financeiras de se sustentar, mas os artistas independentes e, digamos não tão conhecidos assim, precisaram usar de criatividade para conseguirem se manter, infelizmente as contas não param…

Foi um festival de lives, onde os artistas sugeriam contribuições voluntárias sem um valor fixo, mas que em um primeiro momento ajudou um pouco nos seus orçamentos. Com o passar do tempo, as lives acabaram saturando a rede e, automaticamente, diminuíram a sua frequência. As aulas de música passaram a ser todas online, com isso os professores precisaram se aperfeiçoar, não só na didática, mas também na transmissão.

Aqueles que já investiam em suas redes sociais acabaram saindo na frente, Instagram e Youtube podem gerar uma boa renda, mas não é rápido, demanda tempo e aprendizado.

Pudemos ver também, os próprios artistas criando eventos e vaquinhas virtuais, os crowdfundings, para ajudar a turma que trabalha por trás das cortinas. Roadies, técnicos de iluminação e som entre outros ficaram, literalmente, com uma mão na frente e outra atrás.

Covid19

Esperamos que agora, com as vacinas, as coisas possam voltar aos eixos e os eventos possam voltar. Alguns países, como os Estados Unidos já tem a maioria da população vacinada, e os eventos retornando com áreas para vacinados e não vacinados, com distanciamento. Irão ocorrer até alguns eventos somente para pessoas vacinadas, sem máscaras e sem distanciamento.

Infelizmente o Brasil está um passo atrás e em ritmo de tartaruga. Esse período deveria ser de união para vencer a pandemia, mas os governantes preferem continuar montados em seus egos e na sua sede de poder sem pensar na população. Sem falar ainda do superfaturamento para encherem ainda mais seus bolsos, num completo descaso com a saúde pública…

O povo está pagando pela sanha de políticos de todas as esferas, que deixam o povo definhar a míngua e que tentam remendar problemas causados pela Covid19 deixando os profissionais dependentes de um estado inchado e despreparado. É visível que os artistas e todo mercado musical foi sensivelmente atingido e que, aparentemente, voltará totalmente apenas quando tivermos vacinação em massa em nosso país e boa vontade daqueles que nos administram.

Enquanto isso, no mundo, as fronteiras vão aos poucos se abrindo, mas o Brasil, devido sua lentidão e falta de eficiência dos governantes, continua isolado do mundo. Fiquei sabendo que esses dias, um amigo e cliente, foi convidado para fazer shows nos Estados Unidos, mas não pode aceitar porque não teria como entrar no país.

Percebemos que 2021 já está na metade, vamos torcer para que 2022 possamos cair na estrada e fazermos o que mais gostamos. Tocar e sacudir a platéia…

Saiba mais sobre Covid em: Site Ministério da Saúde

Leia mais em: Ron Wood Revela Segunda Batalha Contra o Câncer

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